A destoxificação hepática, também conhecida como detoxificação, é citada como fator importante para a regulação hormonal e eliminação de xenobióticos. Outra forma de eliminação de toxinas é o bom funcionamento do intestino. Uma alimentação rica em fibras ajuda na digestão e evita a prisão de ventre. O uso de probióticos e prebióticos tem sido bastante relatado devido sua ação na melhora da permeabilidade intestinal, evitando, desta forma, a reabsorção de estrogênio e prevenindo os sintomas incômodos do hormônio.
Quando falamos de minerais, o cálcio, magnésio e o zinco merecem destaque. O Cálcio, além de ser importante no metabolismo ósseo, atua na regulação hormonal, contribuindo para melhora dos sintomas apresentados na TPM. O cálcio de origem vegetal é o mais interessante pois auxilia na alcalinização do sangue. Com um pH mais alcalino, a biodisponibilidade do cálcio é maior, evitando sua excreção. Fontes de cálcio de origem vegetal: brócolis, couve manteiga, feijões, algas, amêndoas.
O Magnésio é um mineral importante envolvido na atividade da serotonina e outros neurotransmissores. Atua melhorando o humor e dores de cabeça. Sua deficiência aumenta a absorção de chumbo. Fontes de Magnésio: couve manteiga, abacaxi, vagem, nozes, germe de trigo, folhosos verde-escuros.
O Zinco é essencial para a função de mais de 300 enzimas. Atua no metabolismo de carboidratos, lipídios, proteínas e na própria vitamina B6. Também é importante na normalização dos níveis elevados de estrógeno. Fonte de Zinco: arenque, nozes, feijão, lentilha, gengibre, alho.
A Vitamina D é necessária para que possa ocorrer uma absorção adequada de cálcio pelo organismo. Já é comprovada a influência do Cálcio e da Vitamina D nos níveis de estrogênio no organismo. A quantidade de vitamina D pode variar de indivíduo para indivíduo e é necessário interação entre fonte dietética, exposição solar e suplementação. Fontes de vitamina D: gema de ovo, peixes, manteiga, óleo de fígado de bacalhau.
A Vitamina B6 atua na produção de serotonina e GABA (ácido gama-aminobutírico, que controla a ansiedade, depressão e percepção da dor). Baixos níveis de B6 levam a altos níveis de prolactina, que podem causar edema, mastalgia, inchaço abdominal (pela elevação da aldosterona) e sintomas psicológicos associados à TPM. A Vitamina B3 é essencial no metabolismo da vitamina B6. Fontes de vitamina B3: cereais integrais, ovo, carnes em geral, vegetais, frutas secas, oleaginosas. Fontes de vitamina B6: banana, cereais integrais, atum, lentilha, gergelim, arroz integral.
A Vitamina B12: é essencial no metabolismo dos aminoácidos e no metabolismo normal de todas as células. É fator dependente na conversão de triptofano em serotonina. Fontes de vitamina B12: carnes magras.
O Ácido fólico (B9): é cofator na síntese de triptofano e é também usado em casos de depressão e distúrbios de humor. Fontes de vitamina B9: espinafre, feijão banco, laranja, aspargo, couve, maçã, soja.
A Vitamina C: participa no metabolismo da serotonina e ativação do ácido fólico. Fontes de vitamina C: caju, kiwi, tomate, acerola, goiaba, salsinha.
A Vitamina E: atua como antioxidante lipídico da membrana plasmática, além de regenerar o radical ascorbil. Apresenta efeitos na síntese de prostaglandinas. Fontes de vitamina E: abacate, oleaginosas, semente de girassol, azeite de oliva, óleos vegetais.
Óleo de prímula e/ou óleo de borragem: contém o ácido gama-linolênico (GLA), ácido graxo poliinsaturado não é produzido pelo organismo e precisa ser obtido da dieta. É importante para a produção de prostaglandina de série 1, substância que ajuda a equilibrar os hormônios femininos.
Além dos cuidados com a alimentação, a prática de exercícios físicos durante todo o mês ajuda a regular os níveis hormonais, elimina toxinas, estimula a absorção de nutrientes, aumenta os níveis de endorfinas associados com melhora de humor e alivia os sintomas da TPM.
É importante evitar o excesso de sal, leites e derivados, cafeína, chocolate, refrigerantes a base de cola e álcool nos primeiros 15 dias que antecedem a menstruação.
Mudanças nos hábitos alimentares e estilo de vida são considerados os primeiros passos para o tratamento da síndrome pré-menstrual. A inclusão dos alimentos acima citados pode ser um grande aliado na redução dos sintomas da síndrome, evitando-se o tratamento farmacológico e suas interações. Nos casos de deficiência de vitaminas e minerais e/ou não adesão da dieta, o uso de suplementos e ácidos graxos essenciais se faz necessário para o controle dos sintomas.
Lembre-se da individualidade bioquímica.
Consulte um bom e adequado profissional!!!
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