São compostos naturais encontrados em alguns alimentos, ou produzidos pelo nosso corpo, que ajudam a neutralizar os radicais livres gerados no nosso organismo, desempenhando importante papel na nossa saúde. Nós geramos radicais livres durante o processo da vida, desta forma, eles ocorrem naturalmente em nosso corpo, exercendo importantes funções, como a sinalização celular. Também são utilizados pelo sistema imune para atacar os patógenos. Porém, em excesso, causam danos nos lipídios, proteínas e no DNA de nossas células, originando diferentes tipos de doenças, além de acelerar o processo de envelhecimento.
Quais alimentos são as melhores fontes de antioxidantes?
As melhores fontes de antioxidantes são frutas, vegetais, oleaginosas, bem como produtos derivados de plantas, como a curcumina, resveratrol, epigalocatequina-3-galato e etc. Algumas boas escolhas incluem mirtilos, framboesas, maçãs, brócolis, açafrão, cebola, legumes como feijão vermelho ou feijão preto. Os antioxidantes também são encontrados no azeite de oliva extra-virgem, chá verde, chá preto, vinho tinto e chocolate escuro. Geralmente, a cor indica o tipo de antioxidante específico em cada alimento.
A palavra-chave é variedade. Tentar reunir diferentes tipos de frutas, verduras e legumes nas refeições e nos lanches intermediários e com uma variedade de cores na alimentação lhe trará uma ampla gama de antioxidantes benéficos.
Importa de o alimento é cozido ou consumido cru?
Dependendo do alimento em particular, a temperatura e método de cozimento pode aumentar ou diminuir os níveis de antioxidantes. O importante é consumir alimentos ricos em antioxidantes, coloridos, variando as preparações, ora cru, ora cozido, de acordo com sua preferência pessoal. Lembrando, que não é bom fritar o alimento.
O licopeno do tomate é um exemplo de antioxidante que é mais biodisponível se for consumido cozido e com um pouco de gordura boa, no caso o azeite de oliva extra-virgem. O alimento com maior quantidade de licopeno é o tomate, e é encontrado em menor quantidade na goiaba, melancia, toranja, pitanga e mamão papaya. Atua na reduação do câncer de bexiga, pâncreas, mama e, principalmente o de próstata.
Os alimentos enriquecidos com antioxidantes são tão eficazes quanto os que ocorrem naturalmente nos alimentos?
Esse assunto é controverso. A maior fonte de antioxidantes é o alimento. Se for orgânico, melhor ainda. Há muitos alimentos enriquecidos com antioxidantes, e vejo que eles atuam mais como aditivos alimentares, que são ingredientes adicionados intencionalmente aos alimentos sem o propósito de nutrir, mas sim com o objetivo de modificar alguma característica do alimento, seja química, física, biológica ou sensorial.
Alguns produtos alimentícios direcionados para crianças, são apresentados como “vitaminados”, porém a vitamina E, por exemplo, tem ação antioxidante de preservar o alimento e não de exercer sua função protetora e varredora de radicais livres no nosso organismo. O mesmo ocorre com a vitamina C, antioxidante hidrossolúvel, que é usado como realçador de sabor para acelerar a fabricação de pães, e não como vitamina.
Existe uma quantidade específica de antioxidantes a ser consumidos diariamente?
Não há uma dose diária recomendada para as substâncias antioxidantes. Cada indivíduo é único e sempre tento colocar isso de forma clara. O que vai influenciar é o tipo de alimentação, o estresse físico e emocional, a contaminação por metais tóxicos, alto consumo de bebidas alcoólicas, deficiências ou excessos de vitaminas e minerais, consumo exagerado de medicamentos, exposição a poluentes produzidos pelo homem e exposição às toxinas ambientais.
Portanto, além dos fatores citados acima, a defesa antioxidante estará ainda mais comprometida pela baixa ingestão de nutrientes antioxidantes na alimentação. A ingestão adequada de nutrientes e compostos bioativos antioxidantes, presentes em cereais integrais, oleaginosas, frutas e hortaliças garantirá um balanço oxidativo adequado.
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