Você já ouviu falar sobre Nutrição Funcional? Muitas pessoas confundem a Nutrição Funcional por pensarem tratar-se de uma linha da nutrição que utiliza alimentos funcionais no tratamento dos pacientes. Mas sabemos não é bem assim.
No Brasil, a portaria nº 398 de 30/04/99 da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde diz que, é alimento funcional “todo aquele alimento ou ingrediente que, além das funções nutricionais básicas, quando consumido como parte da dieta usual, produz efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou efeitos benéficos à saúde, devendo ser seguro para consumo sem supervisão médica”.
Um alimento funcional, com todas as suas substâncias bioativas, pode ser bom para uma pessoa, porém não ser bom para outra! Isso é fantástico, afinal somos seres diferentes uns dos outros e por isso temos que respeitar a individualidade bioquímica de cada pessoa, de cada paciente.
Mas afinal, o que é a Nutrição Funcional?
A Nutrição Clínica Funcional é uma ciência baseada em 5 princípios, sendo o principal deles a Individualidade Bioquímica. A individualidade bioquímica é definida como um conjunto único de fatores genéticos de uma pessoa, que controla o seu metabolismo, suas necessidades nutricionais e as sensibilidades causadas pela interação com o meio ambiente. Desta forma, a Nutrição Funcional considera a interação entre todos os sistemas do corpo, incluindo as relações que existem entre o funcionamento físico e aspectos emocionais.
Aprendemos que somos formados por trilhões de células que formam os tecidos que, por sua vez, formam os órgãos, que, finalmente, compõem os aparelhos e sistemas do organismo humano. Cada célula do nosso corpo é uma unidade viva que depende, para o seu funcionamento pleno, de determinados nutrientes, em doses que variam de pessoa para pessoa, dependendo de suas características genéticas.
A Nutrição Funcional não se baseia em contagem de calorias! Afinal, NÃO somos feitos de cálculos, mas SIM de nutrientes! E alimento não é caloria! É fonte de matéria prima que também fornece energia. Os nutrientes presentes nos alimentos são a fonte natural de matéria prima para a formação, manutenção e reestruturação celular.
Portanto, para que o nutriente chegue até a célula é preciso que haja um funcionamento adequado do organismo. A simples ingestão do alimento não garante que seus nutrientes estarão biodisponíveis, isto é, que estes nutrientes possam estar disponíveis para serem utilizados pelas células. Para que isso realmente ocorra é fundamental que, além da quantidade e qualidade ideal de “matéria prima”, também existam condições químicas e fisiológicas ideais para o alimento ser quebrado, e assim os nutrientes resultantes desta quebra serem absorvidos, transportados, utilizados pelas células do organismo e eliminados.
Em vez de limitar-se à prescrição de dietas com os alimentos funcionais tidos como saudáveis (porque o que é saudável para uma pessoa pode causar doença à outro!!), a Nutrição Funcional rastreia os sintomas, sinais e características de cada paciente e os relaciona com a carência ou excesso dos nutrientes, corrigindo os desequilíbrios nutricionais que geram sobrecarga no sistema imunológico e desencadeiam processos alérgicos, os quais acabam por provocar doenças crônicas como: obesidade, enxaqueca, distúrbios de concentração, fadiga crônica, doenças auto-imunes, dermatites, rinites, sinusites, depressão, ansiedade, fibromialgia, artrite reumatóide, síndrome do pânico, osteoporose, diabetes, distúrbios de comportamento e hiperatividade infantil, hipo ou hipertireoidismo, desordens estéticas e alteração na performance física e mental, entre tantos outros.
Por isso, saiba que cada pessoa é única, individual. E o que é bom para um, pode não ser bom para o outro! Exemplo de alguns alimentos que pode ser bons para uns e não tão bons para outros: chá verde, glúten, oleaginosas (castanhas), leite e derivados, amendoin, soja, ovos entre tantos outros!
A Nutrição Funcional – há mais de 10 anos no Brasil – conta com o respaldo científico do The Institute For Functional Medicine e do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional.
Ge, muito interessante.
ResponderExcluirObrigado por compartilhar esse know how.
Será que o omega3 também pode ser bom para uns e ruim para os outros?