Recentemente divulgada
no Brasil, essa sementinha tem ganhado bastante atenção e espaço na mídia. Também
chamada de Sálvia Hispânica, por se originária
da região andina do México e da Guatemala, era muito consumida pelos povos Maias
em tempos de guerras, por isso o nome Chia, que significa “força”. Além da
energia e resistência que proporcionava, a semente era muito valorizada e tratada
como moeda por esses povos.
E quais os benefícios que
ela pode nos trazer? A semente é bastante valorizada nutricionalmente não só pela
quantidade de fibras e de ácidos graxos ômega-3 (ALA e EPA), mas também pela
presença de antioxidantes, aminoácidos (isoleucina, leucina, valina, lisina,
metionina, fenilalanina, treonina e triptofano), minerais como cálcio, ferro,
fósforo, magnésio e zinco, além das vitaminas A, C, E, B1, B2, B3 e B12.
Por toda sua qualidade
nutricional é excelente aliada no tratamento de dislipidemias, problemas cardiovasculares,
diabetes tipo 2, hipertensão, problemas hormonais, câncer e melhora do desempenho físico. Poucos estudos mostram efeitos na perda de peso.
Estudo realizado em ratos recebendo sacarose e tratados com semente de chia, rica em ácido graxo alfa-linolênico (ALA) e fibras, evidenciou melhora na adiposidade visceral e normalização nos níveis de triacilgliceról. Além disso, apesar de não haver alteração nos níveis de glicose sanguínea, foi observado melhora na resistência à insulina nos animais dislipidêmicos.
As sementes são pequenas e
podem ter coloração variada (preta, cinza, marrom escura ou branca). Muitos até
a consideram parecida com a semente de linhaça, seja nas propriedades
nutricionais, seja no tamanho. A semente de chia apresenta maior concentração
de antioxidantes que a linhaça, por isso ela é mais estável e resistente a
oxidação. Por ser tão pequena é aconselhado usá-la triturada ou deixá-la de
molho num copo com água. Logo que a semente é hidratada é possível observar que
forma-se uma camada gelatinosa ao seu redor e ela cresce no tamanho. É até mais
fácil de mastigá-la ou batê-la no liquidificador. Esse
colóide gelatinoso hidrofílico formado pode atuar promovendo uma
conversão mais lenta de carboidratos em açúcar, auxiliando no controle da
glicemia e promovendo saciedade.
Pode ser usada batida nos
sucos com frutas e em sopas. Também é ótima substituta do ovo em receitas, nos casos
de alergias alimentares. Para cada ovo, recomenda-se usar 1 colher de sopa da semente dissolvida
em ¼ de água. Outra indicação bastante interessante é usar a farinha de chia em
preparações de pães sem glúten. A semente tem capacidade de proporcionar maciez
ao alimento devido seu poder aglutinante. A foto abaixo (não muito boa!) mostra a semente de chia logo que foi colocada de molho na água e minutos depois, já hidratada.
Sendo assim, a chia pode ser vista como mais um coadjuvante na busca por uma boa saúde e não um alimento único e milagroso capaz de promover benefícios. Os hábitos alimentares e o estilo de vida ainda contribuem para o bem estar geral.